Não sou eu quem descreve, sou tela
E mão oculta colore alguém em mim
Torna o canvas obscuro em fundo cor marfim
Que acolhe as tintas da auspiciosa tutela
Não sou eu quem verseja, sou nanquim
Sou tinteiro e pena nas mãos da poesia
Que, ao ferir, também anestesia
E deita poemas nos papéis de mim
São imensas as forças do universo
Transmutando o todo sideral
Na alquimia hermética inspiracional
Decantam imagens, sons e versos;
E da filosofia eterna, os aforismos
Sedimentos que preenchem meus abismos
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