terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ser ou Não Ser?


Na terça-feira passada (25 de setembro), recebi a notícia que minha banda era uma das indicadas ao XIII Grammy Latino, pelo clipe de Tempos de Maracujá. Me subiu um arrepio e, em poucos segundos toda uma história me passou pela cabeça, e eu agradeci à tudo aquilo. Foi a chancela da vida, comprovando que, apesar das dificuldades, o caminho a seguir era esse mesmo e as escolhas  feitas até agora foram corretas.

Falar sobre o quanto eu, o Nevilton ou o Chapolla ficamos felizes com a indicação ao Grammy é desnecessária. As respostas à essa indicação é que me deixaram intrigado e mais feliz ainda. Chegaram congratulações de várias pessoas, das muito próximas até pessoas que eu não conheço, ou seja, a minha felicidade se espalhou à ponto de extrapolar os meus limites e atingiu pessoas que eu nem sei quem são. E essa possibilidade de fazer pessoas que eu sequer conheço abrirem um sorriso e sentirem-se orgulhosas, me deixou mais satisfeito ainda.

Aí veio o Fábio Lonardoni, um grande amigo, parceiro de conversas filosóficas profundas sobre esse tipo de assunto, e escreve esse texto que, incrivelmente, exprime muito (ou quase tudo) do que eu pensei naqueles poucos segundos após receber a notícia da indicação ao Grammy Latino. Ficou tão bonito que resolvi guardar aqui no blog. Há muita verdade aí.

...

E quando aquele seu amigo que abriu mão do comodismo financeiro de um banco, para viver o que seu espírito pedia, superando os medos e as incertezas que o meio tanto traz, e quando este amigo é indicado ao Grammy Latino de música???

Seria este o momento da tão famosa "sorte ou milagre"? ... onde aqueles que estavam distraídos com o sistema zumbie param e alguns acabam tendo a audácia de dizer que tiveram "sorte", se mantendo no estado hipnótico que se permitiram ficar. Seria este momento?

Quando os Beatles tocaram pela primeira vez em uma TV aberta nos EUA em 1964, o mundo os conheceu e as pessoas acreditaram que o sucesso só foi possível devido aquela oportunidade... mas John e Paul, tocavam juntos desde 1957, e tocaram durante um ano e meio em um bar de Amburgo na Alemanha, show de 8 horas de duração. Foram 270 noites e até o show na TV de 64, foram 1200 apresentações de 8 horas.

O que é isso então? sucesso repentino? ... o Sucesso de Tiago 'Lobão' Inforzato, Nevilton Alencar e Éder Chapolla não nasceu agora, não está acontecendo agora, o sucesso aconteceu no dia que o Tiago resolveu enfrentar seus medos para SER, resolveu sair do comodismo junto com o Nevilton, o sucesso está em se respeitar, em se permitir viver. Este é "o segredo"... o "Grammy Latino" é só um prêmio... mas os meus parabéns serão eternos pela coragem de ser, quem realmente são.

Saudações Nevilton ... absurdamente fodásticos! rs

...

Obrigado pelas belas palavras, Fábio.