segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Entrevista : "A Ordem DeMolay por Diferentes Pontos de Vista"


Essa semana, meus irmãos da Ordem DeMolay me entrevistaram para o projeto "Trilhando o Caminho de Virtudes Imortais", uma página disponível no Facebook, mantida pelo Gabinete Estadual do Paraná (2013/2014 SCODRFB/GCE-PR).

Foi muito bom poder responder essas perguntas e dividir minha experiência de vida.

Muito obrigado, Ordem DeMolay!

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Boa tarde galera que acompanha o Gabinete Estadual do Paraná Trilhando o Caminho de Virtudes Imortais!

Hoje damos prosseguimento com o nosso projeto “A Ordem DeMolay por Diferentes Pontos de Vista”, cuja finalidade é mostrar os diversos ângulos que nossa Ordem possui.

Nosso entrevistado foi o irmão Sênior DeMolay Tiago Knoll Inforzato do Capítulo Umuarama nº 133:




1) Gabinete Estadual: Olá irmão. Para que os DeMolays do Paraná o conheçam melhor, diga-nos qual é seu nome completo, idade, em qual Capítulo e quando você iniciou na Ordem DeMolay.

- Tiago Knoll Inforzato: Meu nome completo é Tiago Knoll Inforzato, tenho 33 anos e fui iniciado no Capítulo Umuarama nº 133 da Ordem DeMolay, na cidade de Umuarama, Paraná, quando eu tinha 16 anos de idade.


2) Gabinete Estadual: Você tem algum apelido irmão Tiago? De onde ele surgiu e qual é a história dele?
- Tiago Knoll Inforzato: Sim, me chamam de Lobão, Tiago Lobão. O apelido surgiu quando eu era muito jovem, e fui encontrado numa caverna, junto duma matilha de lobos… Brincadeira! Surgiu, como a maioria dos apelidos, nos tempos de colégio, numa brincadeira entre os amigos. Provavelmente inspirados pelo fato de eu já tocar violão e ser da ala dos roqueiros da sala, o pessoal lembrou do outro Lobão (o da Vida Bandida), e me deram esse apelido. Meio sem graça a história, né? Eu prefiro a da floresta.



3) Gabinete Estadual: Tiago, qual é sua profissão? Conte pra gente um pouco da sua carreira profissional.
- Tiago Knoll Inforzato: Sou músico profissional há 15 anos, e se for contar o tempo antes de virar um profissional, já passei mais da metade da minha vida envolvido com o "fazer música". Como muita gente, eu toco algum instrumento desde muito criança, e aos 9 já arranhava um violão e estudava orgão eletrônico (daqueles de dois teclados e pedais, que tem em igreja). Durante a adolescência, a experiência em bandas com amigos do colégio foi ficando mais séria, até que comecei a ganhar algum dinheiro com isso, me transformando, finalmente, em músico profissional, multi-instrumentista, oficialmente sou contrabaixista (contrabaixo elétrico e acústico), mas também toco violão, bateria, um pouco de piano e também canto. Na vida paralela, das profissões mais tradicionais, sou formado em Direito, já fui bancário no Banco do Brasil, mas paralelamente, sempre tive uma banda. Não teve como fugir mesmo.

Minhas bandas anteriores que tiveram alguma visibilidade em Umuarama e, talvez alguns ainda se lembrem, foram: a Hypnoise, a Superlego e a Divina Comédia.



4) Gabinete Estadual: Qual foi o momento mais marcante de sua carreira?
- Tiago Knoll Inforzato: É difícil eleger apenas um momento marcante numa carreira que é feita de conquistas diárias. Eu posso considerar que continuar tocando há mais de 15 anos (o que já é mais da metade da minha vida toda) é uma grande conquista. Temos dois álbuns e um EP, e cada um foi uma grande luta pra ser feito e obtiveram sempre ótimas resenhas, constando entre os melhores discos nacionais dos anos em que foram lançados. Para enumerar mais alguns fatos marcantes: Abrir o show pro Green Day em 2010; Vencer a Categoria Experimente do Prêmio Multishow em 2011 e ser indicado ao Grammy Latino, por duas vezes consecutivas, uma em 2012 na categoria Melhor Vídeo Música (versão curta) e neste ano de 2013, na categoria Melhor Disco de Rock Brasileiro, junto com nomes de peso feito Jota Quest e Nando Reis. Certamente são momentos muito marcantes na minha carreira. 



5) Gabinete Estadual: Você participa de uma banda musical? Como é o nome dela? Onde ela teve início? Quem são os membros? 
- Tiago Knoll Inforzato: Sim, hoje em dia toco com o Nevilton (compositor e guitarrista, nascido em Londrina, mas Umuaramense desde que se lembra, e que também tocava na Superlego comigo). Foi com esse trabalho que eu atingi o ponto mais alto da minha carreira de músico profissional até agora, pude conhecer o Brasil todo e aprender muito sobre esse nosso País tão lindo e tão miserável. Mas, mesmo com as dificuldades, não viveria outra vida.

Oficialmente eu sou o contrabaixista da banda e, na bateria, temos alguns grandes parceiros que chamamos pra dar aquela força nos shows, entre eles o Bruno Castro (do Pessoal da Nasa) e o Paulo Chapolin (das bandas Ludov e Seychelles). Entretanto também temos nos apresentado em formato DUO (só com guitarra e bateria), aí sou eu quem vai pra bateria.



6) Gabinete Estadual: Você acredita que a Ordem DeMolay tenha o ajudado em seu desenvolvimento? Se sim, diga pra gente como.
- Tiago Knoll Inforzato: Eu não tenho dúvida alguma disso. Inclusive, por várias vezes eu penso nisso e agradeço por ter a Ordem Demolay na minha vida. Já comentei com várias pessoas que, pelo menos 70% da pessoa que sou hoje, se deve aos valores que aprendi e pratiquei na Ordem DeMolay. Refletir semanalmente sobre as Sete Virtudes Cardeais, colocá-las em prática nas atividades filantrópicas, na vida cotidiana durante esse período da vida onde a gente ainda está se conhecendo e se encontrando no mundo foi muito importante. 

Tive a chance de ser Mestre Conselheiro do Capítulo Umuarama e Ilustre Comendador Cavaleiro do Convento José Wierschon (era como chamávamos o Ilustre Comandante Cavaleiro e o Priorado naquele tempo) e, nessa hora de responsabilidade em grande escala, quando você é o representante, o lider, o cara ao qual todos estão olhando e esperando motivação, atitudes justas, e exemplos a seguir, é que tudo atinge um sentido maior, é quando você percebe que tem uma equação entre coragem de fazer e cuidado no agir que é crucial na vida, pois toda atitude sua tem consequências e você tem que considerá-las.

Enfim, a Ordem DeMolay me deu e sempre me dará subsídios nas decisões importantes da minha vida, me transformando num homem seguro do que quer e do que deve ou não fazer, uma pessoa corajosa e de bem, um exemplo pra quem está ao meu redor e para a sociedade.



7) Gabinete Estadual: Deixe uma mensagem que o defina para todos os DeMolays do Paraná.
- Tiago Knoll Inforzato: Me tornei uma pessoa da qual me orgulho de ser. E essa talvez seja o maior tesouro na vida de alguém. Não vejo motivos para se viver envergonhado de quem se é e das atitudes que se toma. Não importa o caminho que se escolhe, nem a profissão ou crença à qual você se dedica, um homem vive para deixar um legado de orgulho e de exemplos pra quem fica; um mundo melhor, menos rude, menos doloroso de se viver.

O saudoso Zé Rodrix (Maçom, compositor, escritor e grande artista em geral), num encontro que tive com ele, me disse assim: Tiago, dificuldade existe em qualquer caminho que você escolher, a diferença é que se você amar o que está fazendo, qualquer desventura é irrisória, serão apenas ossos do ofício e não sacrifício. Não viva a vida dos outros, leve a vida que te deixa feliz, seja quem você quer ser, pois quem te ama de verdade, te quer feliz e não vai se importar com o que você é ou o que você faz. Quem te ama de verdade quer mesmo é te ver feliz e vai estar sempre com você.

Boa sorte à todos nós. Obrigado pela oportunidade. Um grande abraço.




O Gabinete Estadual agradece o irmão Tiago Knoll Inforzato pela atenção e pela disponibilidade em realizar essa entrevista pra gente, valeu irmão!


Mais informações a respeito da banda que o irmão Tiago participa:
http://www.nevilton.com.br/ ehttps://www.facebook.com/pages/Nevilton/109540385751538.

Vamo que vamo Paraná!!!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A vida é sincera. Seja honesto.

Diariamente, insistimos em colocar uma névoa diante dos nossos olhos para que a vida nos machuque menos - ação que, inclusive, só faz o efeito contrário, trazendo frustrações e sufocando a gente. Mas, por vezes, me deparo com jóias filosóficas, raciocínios que afastam essa névoa e trazem alívio com argumentos como esse aí embaixo: simples, o que não significa fácil.

"Veja a confusão como confusão. Reconheça o sofrimento como sofrimento. Sinta dor, pesar e dúvida. Experimente a raiva, o medo e o susto pelo que eles são. Mas você não tem que pensá-los como algo diabólico - intrinsecamente mau, como se precisassem ser destruídos ou afastados. Pelo contrário, essas coisas precisam ser absorvidas, curadas, compreendidas."

O texto acima é uma tradução livre de um trecho do livro "Budismo não é o que você pensa" (Buddism Is Not What You Think) do Steve Hagen, um cara cuja obra admiro e recomendo muito. Inclusive comentei outro livro dele, chamado Budismo Claro e Simples, nesse outro post aqui.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Da Humildade

Sempre estar certo de que já tem tudo o que precisa,
mas sempre pensar que pode ter um pouquinho mais.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Ruídos Surdos em Paris



O toc-toc surdo de sua bengala ecoava pelas vielas, ainda úmidas de chuva, da Ile Saint-Louis, onde morava em Paris. Caminhava lentamente aquela noite, seus sapatos em couro preto ajudavam no soar rítmico dos passos. Vestia paletó e colete escuros, camisa clara, sem gravata e por cima um grande sobretudo negro. Era inverno. O cachecol grafite, com detalhes em cinza, preto e vermelho escuro lhe aquecia o pescoço e o ajudava a manter uma postura ereta, desafiando o vento frio daquela noite. O Fedora cinza-escuro protegia sua cabeça da leve, mas vigorosa garoa que caia e respingava em seus óculos retangulares de aro fino. Seus olhos eram duas esferas mortas. Toc-toc, toc-toc. Lentamente aquela figura elegante e soturna, com sua barba farta e grisalha caminhava para casa. Havia um ar sóbrio em seu rosto, uma tristeza antiga, quase hostil, mas o andar e a postura eram altivos.

Chegara em casa. Número 2 da Rue Boutarel, esquina com a Quai d’Orleans, defronte ao Rio Sena. Tirou a chave do bolso, abriu a porta de madeira, entrou no prédio e continuou sua caminhada pelo hall de entrada, iluminado por abajures à meia luz. Toc-toc-toc. Subiu as escadas, manteve a feição grave mas desfez-se da postura elegante. Curvou-se. Fixou os olhos nos detalhes do piso. Seu apartamento era no terceiro andar.

De sua janela podia ver os fundos da Catedral de Notre-Dame, que fica do outro lado do Sena, na Ile De La Cité, atravessando a ponte Saint-Louis, também visível de sua janela. Havia alguns anos que morava por lá e sempre pensava sobre o tanto de barbaridades que aconteceram naqueles lindos jardins, em nome de religiões e algumas crenças bastante estúpidas. Aquela beleza toda só podia ser proposital, pra esconder, ajudar a esquecer todas aquelas atrocidades de outrora. Pena não poder fazer o mesmo em sua memória ou coração.

Já eram duas da manhã e parecia que eram quatro. Estava esgotado. O melhor que poderia fazer era tomar um banho quente.

Após o banho vestiu seu pijama mais confortável e sentou em sua escrivaninha. Armou-se de caneta, papel e pôs-se a escrever uma carta. Foram várias páginas. Deu uma volta pelo apartamento e certificou-se de que tudo estava no devido lugar, não suportava bagunça. Acendeu um Cohiba e bebericou uma taça de vinho.

Então foi até o guarda-roupas e pegou seu revólver.


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Revisado para esta publicação.
Originalmente publicado no Cultura & Arte de 14.09.2008.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A História de Onço (ou Sobre o que muda; e o que não)

Desenho : Onça - por Waldomiro Neto
Morava no ermo, lá nos longes dos cafundós do interior, num dos poucos lugares onde "no meio do mato" ainda significa no meio do mato, mesmo. Criava umas galinhas, mas gostava mesmo era de caçar. As onças também adoravam suas galinhas.

Um dia, um filhote de onça resolveu rondar a casa. E foram vários dias com aquela criaturinha minúscula, que mal dava conta das galinhas, causando na vizinhança. E assim foi indo o filhote, se achegando... e se achegando... até que o ermitão se apegou e adotou o maldido - como o chamava até então.

Promovido de "ô peste arisca" pra "parte da família" - família composta, na realidade, só dele e do ermitão - o filhote era tratado como se pessoa fosse; como um filho mesmo, um amigão: bate-papo, carinho e tudo o mais. Cresceu. Cresceu muito, tanto que já não era mais possível criar galinhas no terreiro. Tornou-se, como diria o ermitão: "um belo dum onço, sô!"

Ser amigo-da-onça não soava nenhum pouco perigoso pro ermitão - que certamente nunca tinha ouvido essa expressão popular ou lido as tirinhas do Péricles. Pra ele, o onço era um amigo leal que o acompanhava nas caçadas. Muitas vezes até ajudava a encurralar a presa, ou encontrar o caminho de volta pra casa. E o safado estava aprendendo bem a arte da caça, "como se tivesse nascido pra isso!" Espantava-se o ermitão.

Passados alguns anos, Onço - nome oficializado por falta de um melhor - se tornou um bicho forte e já era o rei do pedaço ali na floresta, e orgulho do seu amigo ermitão. Aproveitando a moral que tinham nas redondezas, ambos saíram à caça, como de costume. Mas num momento de surpresa - pra toda a floresta inclusive -, Onço ataca o ermitão pelas cosas e o mata, no melhor estilo onça de ser, e vai embora, sumindo no mato pra sempre.

Ah, desavisado do ermitão! Deveria ter se lembrado que uma onça, não importa o que você pense, faça ou deseje, será sempre uma onça. E, inevitavelmente, fará o que onças fazem.


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O Jazz do Veríssimo. E o Meu.



Ler Veríssimo é sempre muito bom (o Luis Fernando, nesse caso específico. Mas em todos os outros casos, em geral, também é altamente recomendado o pai dele, o Erico). Estando você de bom ou de mau humor, sentado ou deitado, sozinho ou acompanhado, sóbrio ou de pilequinho e, se bobear, até de olho fechado! Não tem jeito de sair insatisfeito de um texto Luisfernandoverissimiano. Lê-se tão suave e naturalmente que, ao menos perceber, o livro já acabou. Então tomamos o cuidado de ler mais lento, aproveitando cada palavra, melhor, cada letra e... ao menos perceber, o livro acabou outra vez!

E esse novo, então? o Jazz. Num ato covarde e sem escrúpulos, o genial índio-velho-colorado (que além de escritor é saxofonista no Jazz6) conseguiu juntar três coisas que eu amo num mesmo livro: crônicas, ele mesmo e o Jazz. Pequeno, tem apenas 15 crônicas, também pequenas, no qual o autor conta sua relação com o estilo musical e de como histórias do Jazz se cruzam - ou não - com a sua vida. Li inteiro, rapidinho. Vou ler pela segunda vez, mas inspirado no tema, tomarei atitudes jazzisticas pra aumentar a duração e a diversão em cada texto. Assim como se faz na música, no meio da crônica vou abrir a rodada de improvisos: abro com um de referências intra e extra texto; depois vem o de idéias e interpretações aleatórias, meio semiótico; passando então por um inspirado solo de coçada de cabeça, arrumada de óculos... e só aí, depois de me divertir bastante, volto pro texto original e pro ponto final.

Fora a música em si, o Jazz tem uma característica que eu acho bem interessante: Esse movimento musical norte-americano-da-gema, surgiu e foi movido por dois elementos opostos de dinâmica social, da mesma forma como as pernas esquerda e direita movem os pedais de uma bicicleta e a leva sempre em frente. Nasceu da miscigenação racial e cultural inevitável, naquele caldeirão que era New Orleans no início do século XX, cheia de imigrantes brancos, negros, amarelos, azuis...; e teve como combustível - talvez o único que funcionaria tão bem, não se assustem os politicamente corretos -, a violenta segregação racial que vigorou até esses dias atrás - se é que não vigora até agora. Explico resumidamente: se não fosse gana dos brancos em superar os negros, e a dos negros em superar os brancos, a música não teria extrapolado seus limites e os gênios do estilo (Armstrong, Gershwin, Parker, Davis, Evans, Brubeck e outros tantos) não teriam sido desafiados e criado tão complexa e, ao mesmo tempo, tão livre forma de expressão musical.

Por ter a harmonização de opostos, a pluralidade e a contestação tão presentes em seu âmago, ao se espalhar pelos territórios norte-americanos, ao Jazz foram  se anexando, facilmente, fragmentos dos diversos Estados Unidos que encontrava. De repente, representava tanta gente e tanta coisa, que chegou a ser considerado o estilo musical oficial daquele país durante toda a primeira metade do séeculo XX. Discos de Jazz eram campeões de venda, programas de rádio de Jazz eram campeões de audiência, músicos de jazz eram as grandes estrelas pop do país, e não só da juventude, mas de todas idades, raças e classes sociais. Até que chegou o Roquenrou chutando a porta e remexendo os quadrís. Mas isso é outra história.

E pra finalizar a filosofada, o Jazz não foi só importante para nossos hermanos da Norteamérica, ele se espalhou pelo mundo e se adaptou facilmente à outras culturas. Na sua ânsia pela liberdade em todos os sentidos e pela superação de obstáculos (harmônicos ou da vida mesmo - vide biografias de jazzistas), criou novos estilos musicais, quebrou barreiras raciais e sexuais (muito antes do rock) e deixou sua marca indelével na história cultural da humanidade. E isso são muitas outras histórias mais.

Interessante é que o Jazz, esse pequeno livro (quase me esquecia do livro!) foi lançado apenas no formato digital, tecnologia que há alguns anos vem conquistando seu espaço no mundo, mas cujos e-readres (leitores digitais) só chegaram no Brasil, oficialmente, há poucos dias. A Editora Foglio disse que este livro fará parte de uma coleção de livros pequenos, de até 15 mil palavras, que não seriam viáveis no formato tradicional, de papel. Realmente, até que a coleção pode ser um bom teste pra esse novo mercado de e-books que, espero eu, cresça a ponto de ter livros realmente mais baratos do que os impressos e uma variedade quase infinita de títulos consagrados e novos; assim como já existe lá na terra do Jazz e arredores.

Mas o importante, o que conta mesmo, é que se já era fácil ler o Veríssimo em qualquer forma ou circunstância, agora está mais fácil ainda, dá pra ler até no escuro!