sexta-feira, 28 de julho de 2017

Natureza Morta


Não suporto as questões do mundo!
E não me satisfazem todas as respostas
O peso que carrego são velharias rotas
Grilhões que me aprisionam rente ao fundo

Meus pés, tão podres, já não andam
E o corpo, apático, definha
O Espírito, triste, já não sonha
Satisfaz-se com o raso da rotina

Oh, imensa plantação de dores!
Inevitável que ceifemos dissabores...
E o que mais lançar à terra, então?
Se não há semente de mais nada em meu coração


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