Um dia a Émelin (eterna roommate de L.A.) me mandou essa história e pediu para que eu a reescrevesse. Aí ficou assim.
Obrigado, Nini!
Obrigado, Nini!
Para Maria, viver em uma casa era muito mais do que simplesmente morar. Portatora de uma doença rara, não lhe era permitido se expor à luz do dia. Dizem os mais antigos que essa doença é um castigo divino, imposto àqueles que foram descrentes em Deus numa outra vida, e agora estariam pagando por esse pecado vivendo enclausurados e na escuridão.
E era desse jeito que vivia Maria, enclausurada, sob a super-proteção de uma mãe integralmente dedicada à ela. Suas amigas e parentes próximos descreviam um mundo ensolarado e colorido que ela não vivia, e jamais poderia. A televisão, na época ainda em preto e branco, retratava as praias cinzas e um sol branco, muito diferente do pouco que conseguia enxergar através de brechas em sua janela. Mesmo durante a noite, quando podia sair de casa, o mundo continuava sem cor e sem graça.
Em seu aniversário de 14 anos ela desejou conhecer o dia.
Escondida de seus pais, pouco antes do sol nascer, correu em direção à rua. Queria sentir seus olhos se fechando, feridos pela claridade do reflexo do sol na água do mar. Queria sentir seus pés queimarem na areia.
Ao pisar na praia, com o sol já nascido, Maria estava ofegante e com a pele toda vermelha de brotoejas. Mal conseguia enxergar. Era muita luz. Caiu.
E foi assim, de olhos fechados e na areia quente que Maria morreu.
Um comentário:
:)
love you lobão!!
pra sempree meu rommie, meu amigo e meu brother!!!!
nini
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