Durante minha estada na cidade de São Paulo, Capital, a boa Terra da Garoa, pude conhecer alguns bons botecos. Um deles foi o Geni Club, chamado carinhosamente de Geni. Ele fica na rua Bela Cintra, 539, pertinho lá do nosso querido Ap. 80, na Peixoto Gomide, mais exatamente a um quarteirão de lá. E foi assim:
O lugar é lindão e charmoso. Logo na entrada apenas um luminoso cor-de-rosa com o nome "Geni" enfeitando a fachada e um jardim bem cuidado. O interior é inspirado nos cabarés dos anos 30...ou 50, algo assim, mas com óbvias releituras modernetes que deixam tudo mais divertido. O cuidado com a decoração me impressionou e ressolvi conhecer todo o lugar enquanto os caras não chegavam.
O Geni é feito de vários ambientes, cantinhos com mesas em vários formatos no andar térreo; no piso superior há salas, saletas e salinhas pra você passar um tempo mais reservado num bate-papo com os convivas. No quintal dos fundo há mais mesas, um jardim com bananeiras e um outro bar no fundão, um tanto menos bordel e mais arejado, mas também de bom gosto. Aí chegaram meu irmão e o Juarez. Sentamos na nossa mesa do lado do bar lá de dentro, perto do palco.
E nessa mesa redonda, com um sofá redondo e umas cadeiras, botamos o assunto em dia. O cardápio do lugar tem tudo o que você precisa no quesito Petiscos & Bebidas (petiscos não é janta, heim!) e o preço não é lá tão barato, mas também não foge da média desse tipo de casa (temos o menu online pra conferir praticamente tudo do lugar no site da casa). Pedimos cada um duas cervejas (pra vir a terceira de brinde).
- Algo mais para os amigos? - perguntou o garçon.
- Não, a gente pede esse agora e antes das dez da noite um outro idêntico. Valeu!
Era uma quarta feira, dia do Jazz, defendido com categoria pelo pianista cubano Pepe Cisneros e sua trupe de bons instrumentistas como o baixista Sidiel Vieira. Papo vai, papo vem e chega a Julie e o Joe. Cumprimenta, abraça e... hora da segunda rodada!
- Desce mais duas pra cada um, amigão.
- Mas já acabou a promoção, são dez e dois. - disse o garçon amigo.
- Ué, só dois minutos, isso não é nada, é desvio padrão de relógio!
- Impossível.
- Mas você ficou plantado aqui do lado, conversando com o bartender, viu as garrafas vazias na mesa, sabia que a gente queria outro e não deu sequer o last call... qualé, é aniversário do cara aqui. Ganhe fregueses!
E a contenda foi evoluindo. Argumenta de lá, contra argumenta de cá, com direito até a um : "Se não tá satisfeito, vai prum outro bar", uma espantosa manifestação de amor à causa do bar onde se trabalha. E foi assim que, ao invés de pedirmos 10 cervejas (2 pra cada um, com uma possível terceira rodada, que aí sim seria fora da promoção) pedimos mais uma pra cada, divertimo-nos com o jazz do Cisneiros e, ao fim das garrafinhas, fomos embora.
Resumo da ópera: O Geni é um lugar legal. É bonito, aconchegante e rola música boa. Inclusive o DJ da quarta feira, que discotecou antes do jazz, mandou bem nos clássicos fenomenais do rock, do estilo Everybody Wants to Rule The World do Tears For Fears, (assista o clipe!) uns Pet Shop Boys, uns Guns 'n Roses, uns Aerosmith... e por aí foi. E mesmo com uma equipe de garçons que quer mais ir embora pra casa ver novela a vender birita, eu ainda voltaria por lá. Mas é só pela boa música, afinal, além do Jazz de quarta (altamente recomendado) às sextas feiras rola um Samba Rock marotão com o Nereu Mocotó.
Mas da outra vez eu levo um despertador.
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Um comentário:
Ô campeão, haverão outros refogados!
abreices.
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