Fazia lhe falta um coração que sangrasse. Um desses, ordinários, que se apaixona fácil e perdidamente; e que também sofresse, e muito, dolorosamente e que mesmo assim lhe criasse no rosto aquele sorriso bobo, constante, tão clichê de dar dó - mas seria, sem dúvida, o mais sincero riso de dor de amor do mundo! Um coração que se rasgasse de saudade e se recriasse belo, pulsante e vermelho assim que novamente envolto em carinho. Que despertasse em si todos os mais incômodos e abençoados sintomas de amor, e que lhe fizesse até chorar escondido, às vezes. Não importava o desconforto, não tê-lo lhe doía agudo na alma.
Sentia-se, então, melhor.
Um comentário:
Porque o seu coração é um coração de Vinícius:
"Hei de morrer de amar mais do que pude"
Lindo.
Beijos
Lis
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