terça-feira, 26 de maio de 2015

Edu Franz : Before You Go

No início destes ano, recebi o convite para me juntar a um time de grandes amigos músicos que, unidos dariam forma à banda de apoio de Edu Franz, jovem compositor, multi instrumentista de Cianorte (PR) e, também, um grande amigo.

Foi impossível negar a chance de ser baixista numa banda que contaria com o Éder Chapolla (velho companheiro de estrada) na bateria e Johnny Monster (um artista que admiro muito, há tempos) nas guitarras. Com três músicos tão diferentes em seus referenciais, o resultado imprevisível dessa mistura é sempre excitante. E pudemos comprovar que a química funcionou durante as sessões no Estudio Costella, para a preparação e gravação das 7 músicas que vão fazer parte de um EP a ser lançado em breve.

Good vibes at Costella's

O primeiro single foi lançado no dia 08 de Abril de 2015 e se chama Before You Go. Dançante e inspirado num rock mais moderno, já está sendo bem tocada nas rádios do interior do Paraná, e logo atingirá mais e mais lugares. O EP completo e mais outros materiais saem em breve, é só se manter conectado através do facebook para não perder as futuras boas notícias.

Bom, é isso. É com muita satisfação que apresento mais esse trabalho que pude colaborar como músico, produtor e tudo mais que foi preciso. Divirtam-se!





domingo, 17 de maio de 2015

Embrassez-moi

Depois de uma noite à francesa, acordar num domingo pela manhã, com versos em francês escorrendo pela cabeça é uma experiência deveras doida. Saltei da cama, pesquei-os e, duas horas depois, esse foi o resultado:


Embrassez-moi


Embrassez-moi!
Urgemment
La nuit est trop courte
Et la vie encore plus

Embrassez-moi!
Depuis la nuit jusqu'au matin
Aujourd'hui et etèrnellement
À l'infini et au-delà

Je suis déjà votre
Mais si vous êtes mienne, je ne sais pas
Voilà pourquoi je vous demande
Ce soir, embrassez-moi!



Mas, o difícil mesmo, foi fazer uma versão em Português. Outras duas horas para conseguir este resultado très charmant.



Me Beija


Me beija!
Urgentemente
A noite é tão breve
Mais breve ainda é a vida da gente

Me beija!
Pela noite, até o sol surgir
De hoje em diante, ao eterno porvir
Pelo infinito e mais, além

À ti já me dei
Mas se és minha, eu não sei
Por isso peço-te a certeza
Esta noite, amor, me beija!



Ps: Obrigado à prof. Karina Beniacar, pela consultoria en français.

terça-feira, 12 de maio de 2015

O quanto carregamos, o quão longe vamos.

Inspirado numa versão de um conto de Eckhart Tolle que Leandro Karnal contou em uma palestra do Café Filosófico.





Dois monges budistas caminhavam pela floresta e, ao chegarem à beira de um rio, encontraram uma garota muito bonita, vestida com pouco pano e exalando sensualidade. E ela pedia ajuda para atravessar o rio.

Ambos haviam feito voto de castidade, e o monge mais novo, ainda na punjança hormonal da juventude, sentindo-se ofendido pela presença e atitude da moça, negou a ajuda. Mas, para o espanto do mais novo, o monge mais velho, caridosamente e de muito bom grado, ofereceu-se para ajudar e, colocando a moça nas costas, a levou até o outro lado do rio, seca e em segurança. Despediram-se todos, e a viagem prosseguiu normalmente.

Quilômetros depois, o jovem monge, remoendo o acontecido e ainda revoltado com a atitude mundana de seu companheiro mais velho, perguntou-lhe, indignado:

– Como é que você cedeu àquela tentação? Como ousou envolver-se na luxuria dessa forma, arriscando seus votos, e ainda continuar calmo e tranquilo?

Com um sorriso amigável e sincero, o monge mais velho responde:

– Estou tranquilo e em paz porque eu carreguei a moça apenas até o outro lado do rio; mas, pelo jeito, você ainda a está carregando.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Café Filosófico : Hamlet, o anti-facebook e algumas reflexões sobre todos nós.


"Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre em nosso espírito sofrer pedras e setas com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja, ou insurgir-nos contra um mar de provocações e em luta pôr-lhes fim?" - Hamlet


Tomar consciência de si e do próprio lugar no mundo, do vazio que tomou conta da nossa existência, não é tarefa simples e, certamente, gera grande parte da angústia que temos e as fugas que usamos para não lidarmos com essa questão. Tão antiga, que perturba desde Platão (e é, certamente, anterior à ele), o conheça-te a ti mesmo no desafia a olhar por detrás das nossas máscaras independentemente da dor que isso causa e, além disso, nos convida a empregarmos esse auto-conhecimento em atitudes condizentes com a realidade na qual queremos existir.

Num mundo de facebook, época de informação tão veloz, a dificuldade de significar as experiências e a falta de capacidade (muitas vezes medo) de mergulhar em si mesmo e se assumir como se é e não como dizem que devemos ser, nos torna escravo da chancela social. Aguardamos que o mundo aprove a nossa vida, dizendo se ela é ou não tão interessante quanto suspeitamos que ela seja, já que não temos mais capacidade ou coragem para comprovar por nós mesmo. Preferimos ser vigiados e julgados pelos outros do que aprender a sermos honestos conosco em momentos solitários que deveriam ser naturais e não sintomas de doença mental.

O drama do príncipe Hamlet pode ser mais contemporâneo do que parece. Reconhecer que "há algo de podre no reino da Dinamarca", utilizando as palavras do próprio Hamlet, é só o primeiro passo para uma grande e difícil obra de melhorias no reino interior de cada um de nós. Tal reflexão é um ato corajoso e necessário para o humano moderno que procura alternativas para libertar-se.

Então, aproveite mais esta ótima palestra de Leandro Karnal, feita para o Café Filosófico, da CPF CulturaNum retrato do hoje, o reflexo do ontem. Zygmunt Bauman e Willian Shakespeare. Somos um Hamlet Liquido? Enfim, se há mais coisas no céu e na terra do que sonha nossa filosofia, então, mãos à obra!



hamlet de shakespeare e o mundo como palco, com leandro karnal from cpfl cultura on Vimeo.