quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

E o que você fez?

Pra quem não gosta de ler, deixo aqui, sem delongas, os meus votos de Boas Festas!


Mas se você gosta de uma 'leiturinha', lá vai:


E mais um ano foi "prás cucúia". Se eu fosse um exército em guerra, seria a hora de começar a contar os mortos e feridos. De enviar os sobreviventes pra casa e preparar um novo plano de combate.

É fato que durante o ano muitas coisas deram certo e outras tantas deram errado, viver é isso aí mesmo. Eventos passaram e nem foram notados, outros deixaram cicatrizes que vão durar pelo próximo ano, ou quem sabe, pelos próximos anos. Mas o que me intriga e reanima é essa sensação de recomeço, mesmo que ilusório, que aparece no ar destes últimos dias de ano. Ela me habilita a zerar o odômetro e renovar a caminhada, livre de antigos vícios e com novas virtudes na bagagem.

Sem muitas delongas, sinceramente espero que você, assim como eu, também tenha aprendido bastante e fique cada dia mais perto de atingir as suas metas e viver, em realidade, os seus sonhos.


Ótimas vibrações para um novo ano cheio de sorrisos!


365 Dias e 6 Horas


Acordara revigorado naquela manhã, dia 02 de Janeiro. A ânsia de voltar ao trabalho depois daqueles dias de folga de virada de ano era enorme. Era um workaholic de carteirinha.

Seguindo o ritual que havia criado e evoluído nos últimos 2 anos de acordar cedinho para ir ao trabalho; tomou seu café sem açúcar e comeu suas torradas com requeijão. Vestiu seu paletó agradecendo à Willis Carrier que em 1902 inventou o ar condicionado, possibilitando que os executivos tropicais fossem ‘européiamente’ elegantes e, depois de tudo em ordem, pegou sua pasta, entrou em seu carro do ano e foi para o escritório.

Entre conflitos de ego com superiores e subalternos, montanhas de procedimentos para averiguar, conseguia ainda jogar seu charme para as companheiras de trabalho. Por não ter uma vida social muito ativa, era durante o trabalho que ele tentava se afirmar como homem. Os colegas não acreditavam como ele conseguia, sem atrasar o cronograma do setor, cantar a estagiária e levar um café com pouco açúcar, mas com muitas outras intenções, para a supervisora do financeiro.

Utilizava a uma hora e meia de almoço que tinha (e achava muito) para se inteirar da situação do Flamengo e das ultimas fofocas da política nacional. Também não perdia de ler as tirinhas sacanas da seção de quadrinhos.

Devidamente relaxado, voltava para sua montanha de afazeres e bate papo com o pessoal do setor de informática onde trabalhava. Isso duraria o restante do turno que se estendia até as 19h, pois adorava fazer um serão.

De volta ao lar, ligava a televisão e, enquanto preparava sua lasanha congelada, prestava atenção nas ultimas falcatruas da novela.

E era assim todos os dias, sem muitas variações. Novela terminada, veste o pijama e se prepara para deitar. Foi aí que o telefone tocou. Era o Roberto, seu irmão, ligando para desejar um feliz Ano Novo. Assustado foi olhar o calendário e outro ano havia passado. Era 31 de Dezembro.



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O link aí em baixo é para o meu "Recando das Letras" onde, além dessa crônica que você acabou de ler, guardo alguns outros escritos. Boas Leituras.
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