Domingo, dia 12 de Abril, assisti à premiere brasileira do documentário "What Happened, Miss Simone?", biográfico de Nina Simone, grande pianista, vocalista e compositora do Jazz e do Soul, um mito da música contemporânea, além de influente ativista dos Direitos Civís nos EUA. Extremamente emocionante, o documentário me ajudou a entender de onde vinha tanta força e complexidade nas músicas de Nina, que não estava ali só fazendo um número. Ela insistia em agir e dizer o que sentia, e toda essa vontade de se fazer entender ressoava com sua música, inclusive, em uma entrevista ela disse querer que o público saísse aos pedaços de suas apresentações, feridas, emocionadas. E é o que ela faz.
Aí entendi o motivo de haver dias impossíveis de ouvi-la, apesar da vontade. Não estou na mesma freqüência que as canções e todo o seu conteúdo emocional. Ainda bem que há dias em que as mesmas músicas me abraçam e me preenchem com os melhores dos sentimentos. Entendi a complexidade da vida que construiu a artista, e fatos concretos que inspiraram as suas canções, pude ver o por que de "The Other Woman" e "He Needs Me", minhas preferidas dentre tantas dela, soarem tão sinceras e emocionantes. É que ela está realmente sentindo e cantando o que está nas canções. É a vida ela, sinceramente apresentada em música. Nina Simone não era só artista, ela era a sua própria arte, ela dava a si mesmo, integralmente para o público. Deixou muitos sonhos de lado, sofreu muito por isso, enlouqueceu por isso, mas também é imortal por isso.
Aí entendi o motivo de haver dias impossíveis de ouvi-la, apesar da vontade. Não estou na mesma freqüência que as canções e todo o seu conteúdo emocional. Ainda bem que há dias em que as mesmas músicas me abraçam e me preenchem com os melhores dos sentimentos. Entendi a complexidade da vida que construiu a artista, e fatos concretos que inspiraram as suas canções, pude ver o por que de "The Other Woman" e "He Needs Me", minhas preferidas dentre tantas dela, soarem tão sinceras e emocionantes. É que ela está realmente sentindo e cantando o que está nas canções. É a vida ela, sinceramente apresentada em música. Nina Simone não era só artista, ela era a sua própria arte, ela dava a si mesmo, integralmente para o público. Deixou muitos sonhos de lado, sofreu muito por isso, enlouqueceu por isso, mas também é imortal por isso.
Uma cena marcante do documentário: depois de muitos anos em auto-exílio na Libéria, ela volta a tocar e se apresenta no Festival de Jazz de Montreaux de 1976. No palco, questiona o que todos estão falando sobre ela desde que voltou a tocar: de que Nina Simone já foi uma grande estrela e agora está decaída e essas coisas. Resolveu, então, que tocar uma música seria o jeito mais fácil de explicar o que ela pensa e sente sobre isso tudo e, após chamar atenção de uma garota na platéia, para que se sente (percebe-se aí a importância do momento para Nina), toca uma versão da música Stars, da Ian Janis, música com uma letra muito pertinente sobre as engrenagens do showbiz, da vida de artista e a relação que existe entre ele, o público e as expectativas que todos criam. Não pôde ser diferente, como sempre, dá pra perceber em detalhes como ela se sente sobre a sua vida, dá pra ver nos olhos dela, dá pra sentir na voz e em cada nota do piano, ainda mais com as adaptações que ela faz na letra, aproximando-a da sua história.
Foi um prazer realmente conhecê-la, Nina Simone. Ou se você preferir, Eunice Kathleen Waymon.
Aqui vai o vídeo. A letra [tentei escrever os improvisos dela, que estão em itálico], segue abaixo:
Stars, they come and go.
They come fast, they come slow.
They go like the last light of the sun,
All in a blaze.
And all you see is glory.
But it gets loney there,
When there's no one here to share.
We can shake it away,
If you hear a story.
People lust for fame,
Like athletes in a game.
They break their collarbones,
And come up swinging.
Some of them are crowned
Some of them are downed,
Some are lost and never found.
But most have seen it all.
They live their lifes in sad cafes and music halls.
And they always have a story.
Some make it when they're young,
Before the world has done it's dirty job.
And later on, someone will say,
"You've had your day, now you must make way."
[...] always.
But you'll never know the pain
But you'll never know the pain
Of using a name you never owned.
Or the years of forgetting
What you know too well.
That the you who gave the crown,
Have been let down.
You try to make amends without defending.
Perhaps pretending.
You never saw the eyes
Of young men of twenty-five,
That follow as you walked,
Ask for autographs,
Or kiss you on the cheek.
And you never could believe he really loved you. Never.
Some make it when they're old
Perhaps they have a soul they're not afraid to bare.
Perhaps there's nothing there
But anyway that isn't what a meant to say.
I'd tell you about a story, since we all have stories
I can't remember it anyway
So I'm telling about I moved within the United States
Today and permanently, even in Switzerland, it goes...
But I'll continue it anyway and [...] it together
Some women have a body men will want to see
And so they put it on display
Some people play a fine guitar
I could listen to them play all day
But anyway
I'm trying to tell you my story
Janis Ian told it very well
Janis Jopplin told it even better
Billie Holliday told it even better
We always, we always, we always have a story
And the latest story that I know
Is the one I'm suposed to go out with.
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